Há momentos nas nossas vidas em
que perguntamos o porquê das situações. Mas nem tudo tem um porquê de ser.
Existe um porquê de o sol nascer
e se pôr todos os dias. Mas ninguém se questiona realmente sobre isso hoje em
dia.
Existe um porquê de as ondas do
mar terem o seu movimento continuo. Mas para o ser humano comum, isso acaba
sendo indiferente.
Porem existe alguns ‘porquês’ que
simplesmente surgem e não existe um embasamento cientifico corroborando isso.
Por que não podemos viver em
completo isolamento?
Por que não viver no ostracismo,
sem sermos julgados ou taxados por algum termo pejorativo?
Por que com o passar dos anos
perdemos a sensibilidade da infância em fazer amizades, com a mesma facilidade
com que respiramos?
Por que se relacionar é tão
complicado?
Muitas perguntas podem ser
respondidas com um apenas ‘não sei’, mas isso nem mesmo é uma resposta
verdadeira.
Quando foi que se tornou tão difícil
e complexo, dizer apenas um ‘sinto a sua falta’?
E porque isso acaba tendo tantas implicações,
por vezes negativas, que faz com que as pessoas deixem de falar?
Em que momento entramos na Grande
Roda do Distanciamento, em que hoje as pessoas fingem desinteresse para que
sintam falta delas?
Por que o jogo agora é ‘dar um
passo e recuar três’ para que possamos garantir uma carta na manga?
Eu sinto falta da época mais
simples.
Sinto falta daquele momento em
que podíamos apenas ser verdadeiro, a ponto de dizer ‘eu gosto de você’ e
escutar ‘eu também’, ao invés de ‘obrigado(a)’.
Sinto falta daqueles momentos em
que o coração disparava pela ansiedade do encontro com a pessoa querida.
Sinto falta do nó na garganta que
dá quando você está frente a pessoa que se ama, e pensa quanto sorte se tem por
estar ali.
Sinto falta daquele sorriso que
basta para melhorar um dia terrível.
Sinto falta da dor da despedida,
mesmo que momentânea.
É. Eu simplesmente sinto falta.
E não tem quem possa explicar do porquê
disso.
Só eu entendo. E mesmo assim, nem
eu entendo o porquê.
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