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Fonte: Cartas Para Julieta / Letters to Juliet (2010) |
Vejo você pela janela que separa nossos mundos
Será
que foi o meu desejo incessante que te fez voltar?
Ou será
que sentiu a minha falta?
Sentiu
falta do aconchego dos meus braços?
Ou quem
sabe o perfume que deixei em seu travesseiro começou a se dissipar?
Aqui
estou novamente
Observando
cada avião que chega e que vai
Lembrando
do momento da despedida
Lembrando
que eu te disse em meio aos nossos lençóis
Lembrando
que fui eu que disse: Adeus
O som
toca no fundo da minha mente
O som
do aeroporto me avisa que eu cometi um grande erro
Permiti
que você embarcasse, sem ter certeza
Sem a
certeza se algum dia você voltaria
E porque
voltaria?
Ainda
mais quando eu disse que deveria ir?
Vejo
você dobrar a esquina do portão de desembarque
Você
não me reconhece e quem poderia te culpar?
Nos tornamos
estranhos nos últimos tempos.
Mas os
toques suaves de suas mãos no meu rosto ainda fazem meu corpo vibrar
Ainda
sinto o calor do seu sorriso preencher minha vida.
Ao olhar
em seus olhos, vejo que ainda sou um estranho.
Mesmo
depois de tanto o que vivemos, ainda somos completos estranhos.
Mas ao
toque de nossas mãos, percebo a chama reacender em seu coração.
Ao te
abraçar, vejo que você percebe que em meus braços sempre será o seu lugar.
Ao dizer
‘bem-vinda’, percebo que você nunca quis ir.
E nunca
mais deixarei você ir.